Dica do mês: Centrifugação

Centrifugação de tubos de amostra

“Chegou a hora de nos separarmos”

Para a maioria das análises de laboratório é necessário o soro ou o plasma, a parte líquida do sangue. Para obter soro ou plasma do sangue, as células sólidas devem ser separadas da parte líquida. Este processo de separação acontece na centrifugação. Mas como funciona a centrifugação, afinal? Toda centrífuga atua da mesma maneira? Há como cometer algum erro?

As respostas para estas perguntas você encontra aqui:

Como funciona a centrifugação, afinal?

A centrifugação é um processo físico de separação, baseado nas diferentes relações de densidade das substâncias. Assim, por exemplo, os elementos sólidos do sangue – as células sanguíneas – diferenciam-se dos componentes líquidos do soro ou plasma por sua densidade. Isso significa que, enquanto a centrifugação exerce a força centrífuga, as células sanguíneas mais pesadas se concentram na parte inferior dos tubos de amostra, e os componentes líquidos mais leves ficam na parte superior.

Por que é preciso centrifugar os tubos de amostra?

Para a maioria das análises de laboratório, é necessário o soro ou o plasma. No entanto, deve-se observar que nem todas as análises, como por exemplo a eletroforese, podem ser determinadas a partir do plasma. A informação de qual tubo de amostra pode ser utilizado para qual finalidade deve ser retirada das especificações do laboratório, ou consultada no folheto informativo de cada análise.

Por que o tempo recomendado e a força centrífuga relativa (RCF) são tão diferentes de um tubo de amostra para o outro?

O tempo de centrifugação e a RCF dependem dos preparados especiais nos S-Monovette e dos analitos a serem determinados.

As condições ideais de centrifugação podem ser consultadas nas embalagens internas dos S-Monovette ou em nosso website.

Por que devo utilizar uma centrífuga com rotor de caçamba móvel?

Existem centrífugas com rotor de ângulo fixo e com rotor de caçamba móvel. Via de regra, os tubos de amostra podem ser processados com ambos os rotores. Nos tubos com gel, a diferença revela-se no formato da camada de gel.

Em uma centrífuga de ângulo fixo, devido à posição inclinada dos tubos de amostra, a camada de gel também recebe a inclinação correspondente. A camada de gel inclinada não influi necessariamente no resultado da medição, porém, em caso de transporte dos tubos de amostra, a estabilidade da camada de gel não é garantida. Justamente na extremidade inferior, a barreira é muito fina e, dependendo das condições, pode ser permeável para células sanguíneas. Isso pode levar a uma adulteração dos resultados de laboratório.

Há como cometer algum erro na centrifugação?

Sim. Por exemplo, encerrando a centrifugação antes da hora, o processo de separação entre os componentes sólidos e líquidos pode ser interrompido. Assim a qualidade da amostra é alterada, e isso pode influenciar o processo de análise. Muitas vezes, as amostras precisam ser centrifugadas novamente, representando uma etapa de trabalho adicional e aumentando o tempo necessário até o resultado de laboratório pronto.

Importante:

Os Monovette com gel não devem ser centrifugados uma segunda vez, pois a camada de gel pode ser danificada e os componentes sólidos podem invadir a área líquida. Isto leva a uma adulteração dos resultados de laboratório, como, por exemplo, um valor alto demais de potássio.

Além disso, o ajuste incorreto do tempo ou da RCF pode influenciar a qualidade da amostra e, portanto, o resultado da análise. Sendo assim, com uma RCF muito baixa e um tempo curto, por exemplo, não pode ocorrer a separação ideal entre componentes sólidos e líquidos.

Conclusão:

O processo de centrifugação é um fator importante na obtenção de soro ou plasma. A escolha da centrífuga e das condições de centrifugação deve ser realizada de modo a conseguir uma sequência de trabalho que economize tempo, e uma qualidade ideal da amostra.

Dica do mês: Centrifugação de tubos de amostra